quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Os animais, esses não falam. Num universo de palavra crescente, de constrangimento à confissão e à palavra, só eles permanecem mudos e, por este fato, parecem recuar para longe de nós, prá trás do horizonte da verdade. Não é o problema ecológico de sua sobrevivência que é importante. É, ainda e sempre, o seu silêncio. Num mundo em vias de não fazer nada além de falar, num mundo preso à hegemonia dos signos e dos discursos, o seu silêncio pesa cada vez mais sobre a nossa organização de sentidos. ( Simulacros e Simulação p.169)

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